O Projeto Libolo foi recentemente alvo de uso abusivo de um suposto professor da Universidade de São Paulo. O dito “professor”, camuflado no pseudónimo Niyi Tokunbo Mon'a-Nzambi, diz fazer parte da equipa do Projeto Libolo e ter sido convidado por aquela prestigiada Universidade a ministrar um curso de iniciação ao Quimbundo, curso esse que estará a decorrer até ao próximo mês de Dezembro.

Compete-nos informar que tal personagem NÃO É professor naquela instituição, muito menos INVESTIGADOR DO PROJETO LIBOLO. Seria muito bom que os cursos de línguas maternas angolanas fossem uma realidade crescente aquém e além fronteiras, com recurso a equipas pedagógicas devidamente credenciadas e não por usurpadores que não oferecem qualquer garantia de qualidade.

Fica aqui o nosso veemente repúdio por esta atitude eticamente reprovável, bem como a nossa solidariedade para com os investigadores do Projeto Libolo, particularmente para com o seu coordenador, Professor Doutor Carlos Figueiredo. Este grandioso projecto atingiu ao longo dos seus 5 anos de existência elevado reconhecimento internacional, sendo portanto um alvo apetecível para pessoas sem escrúpulos.

Esperamos que a Universidade de São Paulo tome as medidas que julgue mais adequadas, visto ter sido também vítima deste abuso, não só porque o curso decorre nas suas instalações, mas sobretudo porque alguns de seus destacados investigadores estão, esses sim, envolvidos no Projeto Libolo.

Da nossa parte procuraremos estar sempre na linha da frente na colaboração, divulgação e defesa deste projeto tão valioso para o património cultural do Libolo e de Angola.